domingo, 27 de janeiro de 2013

Não tinha saída, mas tinha alvará.



Sobre a enorme mortandade no Rio Grande do Sul, muitos comentaristas apontam que o alvará estaria vencido desde agosto. Mas, e se acontecesse um incêndio dentro da validade da licença, seus efeitos seriam diferentes?
Um ambiente lotado, praticamente sem saída, com material altamente inflamável que exala fumaça tóxica, o que havia de diferente antes e depois de agosto?
O principal problema não é a documentação estar vencida, mas, como alguém teria conseguido legalizar o estabelecimento. Como que até agosto essa arapuca estava legalizada?
Um estabelecimento nessas condições ter conseguido uma licença é caso de polícia.
Se, um bombeiro faz vistoria num ambiente e não o aprova, sendo de uma pessoa influente, o que muitas vezes rola é o bacana entrar em contato com algum chefe do fiscal, vereadores, ou até pressionar o prefeito que alguém acaba liberando. Muitas vezes se prefere gastar com corrupção que investir numa porta de saída, extintores, brigada de incêndio etc.
Aquela portinha de banheiro em que o público entrava e saia, totalmente insuficiente para a evacuação rápida,principalmente pelo contingente que cabe ali dentro, só pode ter sido liberada por incompetência ou por $$$camaradagem$$$.
Deu no que deu. A pergunta que fica agora é se alguém vai responder, ou melhor, alguém vai ser responsabilizado?

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