quarta-feira, 28 de maio de 2008

Vice-cacique???


Imagine a cena: O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, saindo à rua em Brasília após uma coletiva à imprensa em que tratavam sobre a criação da Unasul (União Sul-Americana de Nações). Encontra três índios xavantes, inclusive uma criança que está machucada. Eles conversam e Chávez, como sempre muito solícito, orienta que busquem a embaixada de seu país que lhes ajudarão, o que a índia que se assume como vice-cacique confirma que o farão.
Peraí!...volta a fita. Vice-cacique??? Uma mulher indígena ocupando cargo de poder entre índios? Alguém já viu isso? Alguém já viu “vice” qualquer coisa de alguma tribo ou comunidade indígena? Teria ela sido eleita ou indicada? Será que tem vice-pajé? Vai saber, de repente o pajé fica doente, alguém precisa dar assistência à comunidade. Que sociedade dinâmica a deles, e como é estagnada a nossa com nossas instituições seculares.

sábado, 24 de maio de 2008

Gorilazzo



Membro da junta militar que “governa” Mianmar. País – se é que essa favela pode ser considerado um país - e que apesar de ter sido devastado por um ciclone no começo do mês, a junta militar se mantém reticente em aceitar ajuda humanitária aumentando a possibilidade de que parte considerável da população possa vir a morrer de fome e por epidemias decorrentes da tragédia.



Mianmar, a antiga Birmânia é uma grande representante da estupidez humana. Um golpe de estado em 1988 instituiu uma junta militar que mantém o país agrícola na miséria, na ignorância, sem legislativo e tendo como seus principais produtos, o arroz e a papoula – da qual se produz o ópio. Outro ponto em que o país se destaca é a violação dos direitos humanos.

É uma parada !


Chegou o domingo. Aqui em São Paulo é dia de ser viado com orgulho. Dia de pular do armário, desenrustir, soltar a franga. Ao final da tarde a previsão é de que uma névoa tome conta do ar decorrente de um grande número de roscas queimadas.
Registrando: sábado teve a “6º Caminhada Lésbica”.

Sodoma é aqui!



As noitadas de Ronaldinho gaúcho, motivo de seu fraco desempenho segundo Edmilson que pelo mesma razão a imprensa européia acusava Adriano, o envolvimento de Ronaldo fenômeno com 3 travecos, que incomodou os puristas. Estes poucos e representativos exemplos, ajudam a recalcar a idéia que se o Brasil é o país do futebol, também é o do sexo.
Na Europa, o maior contingente de garotas de programas é de brasileiras. É vantagem se dizer brasileira pro cliente porque tem fama de boa de cama.
O carnaval brasileiro passa a imagem lá fora que nesses quatro dias o país se desnuda e todo mundo se come sem culpa, respaldados por cd´s, dvd's pornôs que correm o mundo.
O país tem a terceira maior parada gay do mundo.
Ou seja: folou em putaria, o Brasil é destaque.

domingo, 11 de maio de 2008

Retardatários





Piquet é implacável ao se referir a Barrichelo. Nelsinho Piquet, seu filho, até agora não disse a que veio. Se pai e filho mantiverem suas posturas, viria Piquet, o pai, a ser tão mordaz ao se referir a seu pupilo?


Aproveitando a deixa, alguém poderia m'explicar o quê significa aquele horrivel “código de barras” que polui a imagem da Ferrari sem dizer nada.

sábado, 10 de maio de 2008

Aliviando o fiofó...

Almeida Rocha/Folha Imagem

Como as medidas tomadas pela prefeitura de São Paulo para diminuir os congestionamentos se mostraram insuficientes, e os motoristas continuaram a tomar no rabo, o poder público mudou de estratégia instalando garrafas de vaselina nos pontos de maior fluxo. Há quem diga que em horário de pico não dará conta. Bom, na hora de tomar no cu, a vaselina vira refresco.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

(In)justiça Brasileira

Sobre o caso da missionária Dorothy Stang, de uma coisa ninguém pode reclamar: que a justiça brasileira discrimine prendendo mandatário abastado só porque matou um gringo. Mandante é mandante e ponto final. Pode mandar matar sem terra, sem cueca, seringueiro, sindicalista, pode ser aqui de dentro, pode ser gente de fora, que não pega nada A merda é ser peão. A justiça brasileira, como é público e notório, é censitária, não atinge os de cima. “Nosso” preceito jurídito prático diz que cabe à parte fraca o ônus da prova! Ao riche todas as liminares, todos os recursos, aos pobres, uma pá de porrada e cadeia.
As operações da Polícia Federal sofrem do mesmo mal. A televisão anuncia uma mega operação da PF em uns dez estados e mostra um monte de gente algemada entrando no chiqueirinho das viaturas. O delegado chefe da operação diz que “o bando” vinha sendo observado a mais de ano, que seus telefones estavam grampeados e que tem provas suficientes para os indiciamentos. Por fim arrola os crimes por eles cometidos.A reportagem informa que há autoridades, empresários e o escambau entre os detidos.
A impressão que dá é que agora vai! Se pegaram os caras com a mão na butija, se seus telefones estão grampeados e a polícia diz que estão sendo monitorados há um tempão, então parece que não têm pra onde escapar, é fim de linha pra eles, a casa caiu! Que nada. Num dá um mês tá todo mundo sossegado na rua. De cinqüenta presos, sobrou o porteiro, a tia que servia café, o boy que levava recado e mais um ou outro infeliz – quem mandou ser pobre?!...tem que se fodê! A nata, as “otoridades”os donos do cascalho, aqueles que levaram o grosso do negócio estão todos soltos. É uma beleza.
É tanta lei, tanto código disso e daquilo, tanta toga, tanta pose de gente séria e uma justiça que não vale uma merda. É terceiro mundo mesmo. E a merda é histórica, sempre beneficiou o rico e fodeu com o pobre. Falam soberbamente em jurisprudência, tradição, direito, como se fossem tão profundos mas mostram-se tão longe do que seria justiça. Tantos termos de altíssimo calão ameaçando esgarçar o vernáculo pra uma sentença que sujere a política rasteira, classista e suja. Mostram tantos pontos a serem considerados pra que se faça justiça que a justiça acaba se perdendo em cada inocência besta como a de não incriminar o óbvio que no caso é o mandante do crime, simplesmente o principal ou o alcance mesquinho de imputar toda a pena num pistoleiro que de tão pobre pensa com a cabeça do patrão, não tendo noção política dos seus atos.
A (in)justiça de Belém do Pará contamina o país todo com seu provincianismo. Decisão da justiça não se discute, lamenta-se!

terça-feira, 6 de maio de 2008

Culpa do pobre!


A crise de alimentos teve como primeira vidraça os biocombustíveis, agora estão pisando de mansinho ao afirmar que os miseráveis do mundo é que são os responsáveis pela crise porque estão tendo acesso ao que ou não tinham ou tinham muito pouco. Tem tudo pra entrar na pauta o controle de natalidade dessa gente vista com muito maus olhos.

sábado, 3 de maio de 2008

'Legalize', mano...



“A marcha” foi suspensa em São Paulo também.
Estou convencido que não adianta o Estado querer bancar a babá e dizer à sociedade o que deve ou não deve usar, o que comer o que cheirar, etc. Ao mesmo tempo em que se gastam zilhões de dólares pra combater o tráfico e o consumo, quem quer fuma o que quer, ou cheira à vontade. A sociedade já se posicionou a favor do uso de drogas. Como o uso dos lícitos cigarro e álcool, hoje todo mundo nasce sabendo que o cigarro e bebida fazem mal, mas quem quer fuma, quem quer bebe. A função do Estado deve ser a de regulamentar seu uso, dizer onde não se pode utilizar como é feito com o cigarro e o álcool. Beber não é contra a lei, mas passa a ser crime se a pessoa que ingeriu álcool dirigir automóvel, do mesmo modo que não pode chegar no trampo borracho.

Argumentar sobre os males da dependência, vamos ser sinceros, pior seria querer manter a sociedade “a seco”. Das duas uma: ou se proíbe e convive-se com o comércio ilícito que compreende corromper policiais, juízes, e tudo e todos que lhes sejam conveniente e ainda por cima o risco certo de comercializar drogas sem a mínima qualidade, nem a mínima noção de procedência, trazendo sérios riscos para o usuário, ou se legaliza, regulamenta-se seu uso, onde pode onde não pode usar, o teor alucinógeno da droga. O Estado passaria a ter controle tanto sobre o produto como dos pontos de venda. O usuário não precisaria se enfiar em bocadas nem vender a alma ao diabo pra conseguir seu unzinho. O governo poderia incluir no preço o custo que isso traria aos cofres públicos, mais ou menos o que acontece com as drogas lícitas em que o imposto é alto.

O Estado não tem cacife pra fazer frente aos traficantes e ao seu poder de fogo financeiro e bélico. Então ficamos assim: é proibido mas todo mundo fuma, todo mundo cheira, não faltam casos de autoridades envolvidas “no negócio”, mas a gente continua com cara de santo fazendo pose de puritano. Ah, Hipócrates...

Descobriram o Brasil.


O caso Daniela Nardoni, que já deu no saco, fez despertar o interesse por parte da imprensa por assuntos em que há violência envolvendo criança, de preferência por parte de seus próprios país. Vira e mexe aparecem casos de uma ou mais crianças espancadas, estupradas e por aí afora, tudo dentro de casa.
Mas isso sempre existiu. E continua existindo, é só uma questão de virar moda. O caso da menina assassinada simplesmente abriu a cortina e começou mostrar uma sociedade que moi crianças. A repercussão desproporcional com altíssimos índices de audiência fez com que a imprensa saísse à caça de casos que possam render “boas matérias”. Não precisou muita coisa, é só abrir a tampa do esgoto e se fartar com grandes casos in natura.
Mesmo em países do primeiro mundo como nas classes altas aqui no Brasil, as estatísticas apontam um considerável índice de violência doméstica que acabam não aparecendo ou aparecendo muito menos do que acontecem. São espancamentos tanto em crianças como em mulheres, mulheres que espancam, idosos que entram no cacete também não só por empregados da família com mostrou uma reportagem há um tempo atrás mas por seus parentes de convivência. Talvez os idosos amontoados em asilos sejam aqueles cujas famílias não os suportam e por isso foram isolados da família pra não sofrerem humilhação pior junto da família que constituiram.
A violência que a mulher sofre está meio em banho-maria, esperando a hora em que algum caso significativo traga a discussão com farto numero de casos e suas variantes. A violência que a mulher causa está no foco tendo como principal protagonista a madrasta, que recalca mais ainda o termo como pessoa má. Casos de mães que agridem seus filhos também estão na mídia, assim como na modalidade perversidade feminina podemos citar novamente o caso das empregadas que agrediam o idoso que elas deveriam tomar conta.
Talvez por influência dessa “escola doméstica”, essas crianças quando ganham uma certa idade passam a ser o protagonista da violência domiciliar. São pais, avós entrando no cacete, levando porrada e humilhações, geralmente por dinheiro pra comprar drogas que sucita uma questão: não seria o ambiente familiar que amacia a carne do adolescente que se envolve com drogas de maneira compulsiva?
Voltando ao caso da menina assassinada, parece que descobriram o Brasil. A violência doméstica contra crianças virou moda, mas não porque estamos mais humanos – pode até ser – mas principalmente por causa de nosso lado animal que gosta do grotesco, se farta com a violência que joga o ibope pras alturas como quem diz, quero mais! Quero mais!Quando o assunto enjoar – ou enojar – os holofotes vão para outros assuntos mas apelativos deixando a violência doméstica “em paz”.
Nem vou falar da violência praticada pelo homem macho porque seria lugar comum, chover no molhado. O homem é o rei da selva. O que a sociedade precisa encarar é que o ambiente doméstico é um palco de guerra. É porrada pra todo lado.
Finalizando, como não há órgão de fato que controle ou coiba excessos dos meios de comunicação, cabe à imprensa de uma certa maneira também pressionada pela parte “sã” da opinião pública, não se entregar ao apelo comercial fácil de audiência, não perdendo de vista a responsabilidade sobre sua influência na sociedade.