Aquiles, herói da guerra de Troia, ante o dilema de ter vida longa e ser esquecido ou ter vida curta e ser lembrado para sempre, alcançar a eternidade, optou pela segunda.
Waldir Maranhão pode não ser lá a melhor comparação com o mito do semi-deus grego, porém, praticamente trocou seu mandato de parlamentar desconhecido que ia até 2018, por uma fagulha que irradiou luz até a imprensa internacional, foi a personalidade nacionalmente mais comentada do dia - para o bem e para o mal - mas que provavelmente terá vida curta. Botou seu nome na história.
Seus próprios correligionários ameaçam tirá-lo não só da presidência da câmara como cassar seu mandato. Ato infame, acintoso para os que dão como certo a troca de poder. Magnânimo, um herói, para os que ainda lutam, buscam algum meio, têm alguma esperança de reverter o processo de impeachment. Maranhão foi a "pegadinha" do dia. Agora tudo volta ao "normal". O golpe volta ao normal. O palácio do Jaburu (a conspiração) volta à normalidade. A quarta-feira promete.
Apesar de assecla de Cunha, Maranhão não contará com a benevolência e solidariedade de seus pares. Esse é seu "calcanhar de Aquiles". Como na Grécia antiga, o mito se confunde com a tragédia. Tragédia que promete atingir principalmente os mais fracos, os mortais.
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