O governador de São Paulo Mário Covas (1995-2001), criou uma
norma que afastava o policial militar que no exercício de suas funções viesse a
matar alguém. Seu argumento era de que tirar uma vida tem consequências
psicológicas, então, para não
desumanizar o agente da lei, teria um acompanhamento profissional de seis meses
fora das ruas.
Setores conservadores da corporação, deputados e vereadores
que defendiam - e defendem – a polícia
que atira primeiro e pergunta depois, tratavam como “punição” o afastamento.
Por mais que o governador afirmasse que não se tratava de punição, o policial
teria um acompanhamento psicológico, os
trogloditas insistiam em sua argumentação.
É importante
ressaltar que esses policiais estão em contato direto com a população e devem
servi-la, protegê-la, não subjugá-la. A
polícia precisa ser eficiente sem ser autoritária nem formada por pessoas frias
e neuróticas. Quem viu a PM do governador Paulo Maluf, sabe do que estou
falando: um bando de gorilas fardados e em viaturas humilhando trabalhadores e a
população, enquanto os índices de violência aumentavam devido à política concentradora
de renda e excludente.
O policial que almejou o meliante que tentou roubar uma
moto, se foi afastado, não tenho essa
informação, é bom desconfiar da acusação de “punição”, essa é a
argumentação dos conservadores, da direita reacionária. Dentro de uma farda,
atrás de uma arma, existe um ser humano que não pode perder sua referência como
cidadão, pai, mãe, membro dessa sociedade que tem leis. Leis que devem ser
severas para castigar criminosos e proteger o cidadão de gorilas assassinos,
fardados ou não.
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