quinta-feira, 17 de outubro de 2013

“Progressistas” usam o fardão da direita.


O governador de São Paulo Mário Covas (1995-2001), criou uma norma que afastava o policial militar que no exercício de suas funções viesse a matar alguém. Seu argumento era de que tirar uma vida tem consequências psicológicas,  então, para não desumanizar o agente da lei, teria um acompanhamento profissional de seis meses fora das ruas.
Setores conservadores da corporação, deputados e vereadores que defendiam  - e defendem – a polícia que atira primeiro e pergunta depois, tratavam como “punição” o afastamento. Por mais que o governador afirmasse que não se tratava de punição, o policial teria um acompanhamento  psicológico, os trogloditas insistiam em sua argumentação.
 É importante ressaltar que esses policiais estão em contato direto com a população e devem servi-la, protegê-la, não subjugá-la.  A polícia precisa ser eficiente sem ser autoritária nem formada por pessoas frias e neuróticas. Quem viu a PM do governador Paulo Maluf, sabe do que estou falando: um bando de gorilas fardados e em viaturas humilhando trabalhadores e a população, enquanto os índices de violência aumentavam devido à política concentradora de renda e excludente.
O policial que almejou o meliante que tentou roubar uma moto, se foi afastado, não tenho essa  informação, é bom desconfiar da acusação de “punição”, essa é a argumentação dos conservadores, da direita reacionária. Dentro de uma farda, atrás de uma arma, existe um ser humano que não pode perder sua referência como cidadão, pai, mãe, membro dessa sociedade que tem leis. Leis que devem ser severas para castigar criminosos e proteger o cidadão de gorilas assassinos, fardados ou não.

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