domingo, 13 de novembro de 2016

Trump e a 'Grande América'



Quando ouço o eleitor de Trump reclamar saudosamente dos tempos em que seu país era forte e poderoso, entendo que têm saudade do período (mais) imperialista, o do Big Stick (grande Porrete) de Theodore Roosevelt ou a "Doutrina Monroe: a América para os americanos", entenda: a América para os norte americanos, quando patrocinavam golpes e desestabilizavam governos. Membros dos governos se gabavam disso pela imprensa. 
Com a democratização na década de oitenta, o país perdeu esse protagonismo agindo às escondidas. Perdeu força e nem tem mais a mesma saúde financeira. O lema de Trump: "Make America Great Again", tornar a América grande novamente parece pedir que esse período volte. O cidadão conservador estadunidense, geralmente um cabide de preconceitos sempre viu os latinos como inferiores e 'domináveis'. Nunca se importou que suas empresas dominavam países impondo todo tipo de jogo sujo, corrupção e imposições de seu país. O 'danoninho' dos estadunidenses era bancado pela fome, miséria e mortandade com guerras e golpes pelo continente. Tudo 'made in USA'. Trump é esse tipo de empresário, esse tipo de cidadão que despresa tudo e todos diferentes de si: as mulheres, os negros, latinos, gays...
Os comentaristas brasileiros apostam que não haverá grandes mudanças entre Brasil e EUA porque o comércio entre os países é pequeno. Mas o interesse é grande, haja visto o petróleo. Obama foi pego espionando a Dilma e a Angela Merkel - chanceler alemã. Não tenho dúvida que essa prática será ampliada. Trump não tem nenhum escrúpulo. Como disse um antigo antecessor seu, os EUA não tem parceiros, têm interesses. A frase continua atual.