quarta-feira, 28 de abril de 2010

Racista 'moreno' agride morador de rua por ser negro.


Este “branco” agrediu um morador de rua por ser negro.

Dois skinheads teriam espancado um morador de rua no centro de São Paulo. Até aí não é lá muita novidade, esses selvagens contam com a complacência das autoridades que ainda não os botaram na ilegalidade nem os caçaram como bandidos selvagens e, também por causa disso vira e mexe acontecem esses atos bárbaros pela cidade.

O que quero ressaltar é que a vítima, além de agredida, foi xingado de “macaco” e de “preto” por seus algozes e quando a polícia deteve dois dos porcos nazistas, um deles era “moreninho”. O racista, o defensor do “withe power”, de “white” não tem nada. Está mais pra “black”, ou “nigger” que outra coisa. Se puder desejar o mal a pessoas que merecem, acho que esse rapaz deveria ter uma “conversa” séria com os não-brancos de onde mora.

Esse tipo de gente(bicho) que sofre dessas deformações mentais, não se consegue muita coisa com conversa, precisam de lei severa e jaula! Ou as pessoas se toleram, se respeitam, vivem como civilizados, ou devem ser enjaulados recebendo água e ração como feras – que são!

Aliás, seria interessante ver esse “moreninho”entrar numa cela de presídio onde nem todo mundo é clarinho, com a acusação de espancar negro. A galera ía ter muito o que conversar com ele sobre tolerância.

Outra coisa: se há uma repulsa tão grande contra os negros, por que o cara-pálida estava com um não-branco como companheiro?

O homem agredido por pedaços de pau e uma tornozeleira com espetos de ferro, foi medicado e passa bem.

As bestas-feras irão responder por lesão corporal e injúria racial.

terça-feira, 27 de abril de 2010

A figurinha mais difícil

O Dunga  mandou avisar que se depender dele ninguém vai completar seu álbum.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

A ladainha da justiça

Após praticamente dois mandatos, o Ministério Público denuncia o ex-governador Joaquim Roriz – que largou o osso em 2002 – por violação da Lei de Responsabilidade Fiscal entre outras, considerada como “balbúrdia contábill” pela acusação.

O governador Roriz passou todo seu mandato recebendo acusações de todo tipo de corrupção, desvio de verba etc, o que Arruda, seu sucessor, apesar de opositor, deu prosseguimento.

A justiça de Brasília, que recebeu a denúncia, anda a passos de cágado, já a prescrição desses crimes, geralmente é mais célere, passa mais rápido que os trâmites dos processos, e contando com o fato de a denúncia ser apresentada oito anos após o ocorrido e, ainda com tantas instâncias para recorrer, pode-se dizer que é mais um caso perdido.

Nesta terra, crime compensa.

domingo, 25 de abril de 2010

Belo Monte: nova tecnologia, velha enganação.

Entrando no assunto da usina hidrelétrica de Belo Monte em Altamira no Pará, o primeiro ponto é que nenhum presidente quer repetir o feito de efeagacê, de deixar a vela apagar em sua mão. O país precisa resolver o problema sempre presente de demanda de energia ou o fantasma do apagão estará sempre presente.

O projeto da usina de Belo Monte tem um viés muito interessante, tem a cara do Brasil no aspecto da dissimulação, do vir com o papo de que vai doer só um pouquinho...

O que se diz é que não vai haver uma intervenção ambiental muito grande por que a tecnologia de Belo Monte é a do “fio d'água”, em que os geradores são assentados praticamente na horizontal fazendo com que a correnteza do rio movimente as turbinas, gerando energia elétrica – ao contrário do usual em que as turbinas são dispostas praticamente na vertical, aproveitando a queda d'água.

Os defensores do projeto alegam não haver muita alteração da paisagem, mas haverá a construção de uma barragem e dois canais de derivação (desvio do rio Xingu), ou seja, apesar de tudo pronto para uma grande intervenção na paisagem, pouca coisa mudará – no começo. O rio baixará de nível mas não haverá uma grande área alagada como é o costume.

A usina com potencial para gerar 11.000 megawatts, por causa disso( do não represamento de água no início) gerará metade se seu potencial. Não será alagado uma grande área, mas a geração de energia por outro lado será menor que seu potencial, haverá uma Itaipú adormecida.

Na mesma batida segue o custo do empreendimento, 19 bilhões como anuncia o governo, ou algo em torno de 36 bilhões – incluso 6 bi de isenção fiscal que o governo pôs na roda pro negócio sair do papel de qualquer jeito - como anunciam as empreiteiras.

Daqui uns anos, quando começar a escassear a energia na região, sendo caro erguer outro projeto e, tendo um grande potencial da usina alí parado, qual seria a solução mais fácil, construir uma nova usina ou mandar a natureza e os índios se catarem e botar tudo embaixo d'água?

Aí é que aparecerá o grande impacto do projeto, e nessa hora será muito difícil tentar evitar que “maracanãs” sejam inundados. Os que se opuserem serão tidos como contrários ao progresso da região ou do país.

Todos os governos sentirão o peso do poder, a “espada de Dâmocles” sobre suas cabeças ao serem pressionados de um lado pelo risco de faltar energia, e por outro, com projetos poluidores, porém de baixa intervenção ambiental – como é o caso das termelétricas – ou de baixa poluição, mas com alto impacto em sua implementação – as hidrelétricas.

Isso pra não falar de ambientalistas, comunidades indígenas ou de moradores atingidos, cidades, imprensa, opositores entre outros que martelam a cabeça do governante.

Aos poucos e, alternando os motivos, a Amazônia vai sendo dilapidada.

domingo, 18 de abril de 2010

Direito de voto a detento.

Em mais um capítulo da novela brasileira “Visão Distorcida da Realidade”, o enredo trata do direito de voto de detentos, que a imprensa anda repercutindo. Um tal “Movimento Nacional pela Cidadania” teria divulgado manifesto subscrito por mais de cem instituições conclamando as autoridades a criar mecanismos operacionais para viabilizar esse direito(O Estadão, domingo,18/0410 pag.J3).

Pra começo de conversa, quem seriam essas entidades e qual sua representatividade na sociedade? Outra coisa é parar de brincar com certos “progressismos” inconsequentes, querendo posar de defensor dos fracos e oprimidos, querendo aparecer.

O preso é o membro da sociedade que pela sua condição de preso teria entre seus direitos suspensos, o de participar de eleição. Outra coisa é que não existem nos presídios condições para uma eleição isenta como deve ser. O Estado mal consegue coibir o uso de celulares, armas, drogas e quadrilhas – que receberam a alcunha de “partidos” - o que dirá garantir a segurança dos mesários e equipamentos, para não falar que essas datas são escolhidas para rebeliões.

Democracia não se faz pelo ato mecânico do voto, mas pela liberdade de escolha.

Segundo a matéria, presos de alto risco – pela classificação da Secretaria de Administração Penitenciária – estariam excluídos, mas o fato dos “barras-pesadas” não participarem, não quer dizer que não influenciariam o voto de modo pouco convencional. Chefe de quadrilha não precisa de santinho nem de boca-de-urna, eles têm um poder de convencimento impressionante.

Como costuma-se dizer: tem coisa muito mais importante pra se resolver. Aqui do lado de fora, onde a campanha ao mesmo tempo em que está proibida – só depois da convenção dos partidos no meio do ano – corre solta pelo país à fora, e a justiça eleitoral reconhece mas dá multas meramente simbólicas sem maiores consequências.

Devido a precariedade do controle dos presídios por parte do Estado, o risco de manipulação, do retorno do “voto de cabresto” ou seja, um evento antidemocrático, autoritário e de resultado suspeito, fora outros riscos já citados, seria um enorme retrocesso estender eleições a um contingente que não se sabe até onde estariam interessados em participar.

Outra coisa: qual o custo disso tudo, contando com cadastramento, emissão de títulos eleitorais, controle etc? Não será isso que fará ou deixará de fazer nossa sociedade mais ou menos democrática.

Tem gente que ainda acha que bandido é um coitadinho social que rouba por que não tem o que comer.

sábado, 10 de abril de 2010

A pátria consternada.

Caiu um avião russo (Tupolev) no sul da Rússia. A aeronave, que era o avião presidencial polonês, levava o presidente da Polônia, sua esposa o presidente do Banco Central entre outros mais de oitenta membros do governo. Não houve sobreviventes.

A Rússia decretou UM dia de luto oficial, o Brasil TRÊS dias.

A Polônia decretou uma semana de luto.



* * *

É o melhor exemplo do por que não concentrar todos os ovos numa mena cesta. Além do presidente, sua esposa e o presidente do Banco Central, morreram um ex presidente, o vice presidente da câmara dos deputados, do senado, o chefe do estado maior, os comandantes das três armas, o comandante das forças especiais, o chefe das forças operacionais, vários outros membros do governo além de deputados e senadores.

Vai além de caber, não caber ou do custo.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Eleição entre dois candidatos.

O fato de as pesquisas de intenção de votos apontar os dois primeiros candidatos, Serra e Dilma já no ombro a ombro, faz com que a disputa nasça focada entre eles. Ciro Gomes e Marina Silva, pra não dizer os outros (nanocandidatos), estão com cara que ficarão sevindo água e café para o debate entre os dois.

Ciro e Marina são ex-ministros de Lula, mas pela coligação de seus partidos, é provável que no segundo turno Marina descambe pro lado do tucano, enquanto Ciro deva apoiar Lula.

Se Dilma é amparada por Lula, o presidente com maior índice de aprovação de seu governo em praticamente toda classe C,D e E, ela ainda não passa de uma ilustre desconhecida.

Serra, apesar de conhecido pelo país inteiro por já ter disputado uma eleição a presidente, o que dá uma tarimba que faz diferença, é caracterizado como o candidato das elites, liberal – o que no Brasil é um palavrão – privativista, e por aí a fora.

O que os dois têm em comum é a falta de empatia. Além da inexperiência em disputa de votos, Dilma tem um jeito meio sargentão, de durona, enquanto Serra, que por mais que diga que não é sisudo, se não começar a mostrar os dentes, será difícil quebrar sua imagem de estátua, e é difícil ter empatia por estátua.

Por enquanto Dilma é marionete na mão de marqueteiros. Eles é que comandam sua imagem, o que falar, como se vestir, que aspecto focar etc. Outro ponto é que parece melhor se apoiar que a “candidata do Lula” é (era) “ministra de Lula” do que “ministra-chefe da Casa Civil”. Que raio é esse?! Se é difícil explicar, talvez seja mais difícil ainda entender o que é isso, pra quem não conhece muito as entranhas do poder.

Outro ponto que costuma fazer diferença é o índice de rejeição do candidato. Quem tem um “teto” baixo, ou seja, uma rejeição alta, tem um limite de crescimento preocupante, por que fica muito mais difícil – quase impossível – conseguir voto entre os que o rejeitam.

Serra é mais conhecido, entra na disputa na dianteira em intensões de voto e de rejeição. Se não diminuir os que o rejeitam, mais pra frente pode ser um complicador.

Dilma quase não tem rejeição por que poucos a conhecem, mas dos que acompanham o noticiário e já ouviram falar de seu passado de guerrilheira, uma parte a consideram não como uma heroína que enfrentou a ditadura, mas uma bandida, ladrão de banco. E esse é um ponto que os adversários devem explorar.

Como ainda tem a Copa da África do Sul no meio do caminho, os candidatos devem fazer aquela cena de aparecer com a camisa da Seleção etc, depois é ue a coisa esquenta.

Como não vejo tanta diferença entre um candidato e outro, não me importa o nome nem o sexo do candidato, mas o que vai fazer com esse país quando botar a maldita faixa.



quarta-feira, 7 de abril de 2010

O fim da crise econômica e o aumento da “crise” do clima.

Antes da crise de 2008, o mundo vivia uma crise energética. A produção de petróleo era parelha ao consumo e as fontes alternativas ajudavam mas não resolviam o problema, ou melhor, eram fontes de outros problemas: os biocombustíveis eram acusados de ocupar terras voltadas à agricultura, encarecendo o preço de alimentos, e por isso havia uma restrição em se trocar o uso do petróleo pelo combustível de fonte renovável, apesar de menos poluente.

A crise “salvou” o mundo da maior crise de energia do planeta seguido de cotações do petróleo e alimentos nunca antes visto. A queda da emissão de carbono na natureza – o efeito estufa – foi outra consequência positiva da crise. Como o nível de produção caiu fortemente, o consumo de combustíveis fósseis – petróleo e carvão – sofreu um revés.

A crise começa a cicatrizar, a produção mundial começa a crescer, o consumo de petróleo e sua cotação apontam para cima. Neste meio tempo, projetos de expansão da oferta do óleo sairam do papel. A Arábia Saudita inaugurou no ano passado um grande campo de extração, podendo produzir 1,2 milhão de barris por dia*.

No Brasil o “pré-sal” deu as caras, jazidas enormes de óleo leve, porém a uma profundidade e custos sem igual, prometendo deixar o país não só auto suficiente, como exportador. Apesar de custoso e demorado, a Petrobras tem inaugurado novas plataformas, novos poços, tendo ainda previsto investir entre 2010 e 2014, algo próximo de duzentos a duzentos e vinte bilhões de dólares**.

Fora isso, a Venezuela que vinha diminuindo sua produção fez um acordo com Vladimir Putin, o primeiro ministro da Rússia, para reverter o quadro e aumentar a produção.

Assim que esta crise passar de vez em todos cantos do mundo, com a capacidade ampliada de produção de combustíveis poluentes, se não aparecer outro contra-tempo, com um planeta com a liberdade de comércio como nunca ouve antes, tem tudo para que a economia volte à bonança que havia antes e até mais. O pleno emprego, ganhos salariais, aumento de renda, diminuição da miséria, etc, o problema é saber se o planeta aguenta suportar quantidades enormes de poluentes na natureza, maiores que antes da crise.

Se as mudanças climáticas são por causa da poluição, a expectativa é de que a coisa tende a piorar.

*O Estado de São Paulo 4 de abri, 2010.

** Fonte: Petrobras.

Especuladores impõe aumento de taxa de juros.

A inflação apontada por críticos como perigosa, saindo da meta e tal poderia muito bem ser posta em seu devido lugar com o aumento do compulsório como foi feito no começo deste ano, o problema é que o “foco” não é a inflação, a urubuzada está querendo que o BC aumente a taxa de juros por uma simples questão de especulação.

Também não importa que boa parte da inflação não seria atingida pelo aumento da taxa básica por que não se trata de demanda. O aumento do compulsório iria diminuir o dinheiro em circulação aumentando seu custo, o mesmo efeito que se teria aumentando a taxa básica só que sem onerar o Estado e sem ganho dos inescrupulosos.

Não importa se a dívida pública aumentará mais ainda ou qualquer outro efeito perverso, o que importa é botar o governo a remunerar meia dúzia de banqueiros e mega sangue-sugas.

A dívida pública interna está por volta de um trilhão e meio de reais, mas o que incomoda é que os juros nunca estiveram tão baixos, remuneram muito pouco para o apetite insano acostumado com muito mais, então é preciso pressionar para aumentar o rendimento do cassino.

A pátria inteira trabalhando para dar dinheiro para o governo enfiar nos bancos. O governo achaca a sociedade com uma carga de tributos elevadíssima sem retorno por que boa parte dessa grana preta vai para o setor especulativo, o “Tesouro” particular de meia dúzia . Por isso, faça chuva ou faça sol, os bancos batem recorde de lucro todo ano. S'esmurram de ganhar dinheiro sem fazer esforço, sem falar que além de tudo ainda estorquem seus clientes com taxas que não conseguiriam em nenhum outro lugar do mundo. E o governo não consegue nem pressioná-los nem controlá-los, mas eles pressionam, controlam e manipulam o governo. Só pra lembrar, o Brasil tem uma das taxas de juros mais altas do mundo, mas aqui dentro o discurso é de que precisa subir mais ainda. Com a dívida pública tão alta decorrente dessa política de juros, pergunto: por que tanta preocupação com a inflação e tanta negligência com o endividamento do país?
O governo e o país são reféns dessas raposas.