sábado, 28 de novembro de 2009

Tem mais fumantes embaixo da terra que em cima.

O IBGE divulgou que o país tem mais ex-fumantes que fumantes. Deveria dizer também que existem mais fumantes mortos que vivos, e que estes vivos estão pagando para passar para o lado dos fumantes que conquistaram seu paletó de madeira.


Pelo menos esses não perturbam mais a vida dos vivos com bituca, maço, palito de fósforo, cinza, a fedentina de cinzeiro ambulante, fumaça, tosse, escarro, e toda aquela nojeira que o fumante tanto adora e que acha que todos à sua volta devem compartilhar.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Cuba dá sinais de que as coisas estão esquentando

Vi na tv noticiário sobre movimentação de tropas e treinamento militar em Cuba. Segundo a emissora, o exercício, seria contra uma possível invasão americana.


Se fosse levar em conta o motivo alegado, não teria nada mais patético que Cuba se preparar para enfrentar “no muque” os Estados Unidos no momento em que o país começou a rever o bloqueio, assinalou com diálogo, permitiu que visitantes (americanos) gastassem mais na ilha, entre outras medidas que põem a guerra fria naquele espaço geográfico em degelo. Nunca houve um presidente americano, desde a tomada do poder por Fidel, tão próximo do diálogo e da negociação, e tão distante de uma invasão.

Nas minhas contas não se trata disso.

A ilha tem passado economicamente por maus bocados, e a fome vem crescendo, há um desabastecimento crescente e conforme relatos, em caso de internação, a família precisa levar desde material para sutura, até roupa de cama, alimentação, remédios, etc. A lista de produtos fornecidos pelo governo é cada vez menor, inversamente proporcional à lista de produtos adquiridos no mercado negro a preços (bem) maiores.

O governo não vê solução, a não ser acusar os desgostosos de inimigos da pátria, prendê-los e impor penas e sanções. Ou seja, a revolução está desmanchando, e por isso não teria cabimento nenhum gastos militares para enfrentar inimigo externo. O ensaio é para intimidar inimigo INTERNO. É uma maneira de intimidar a população da própria ilha.

A dinastia castrista deve estar sentindo cheiro de coisa queimada. O descontentamento é muito grande, a pressão se eleva e um fato de repercussão, como uma prisão, uma morte, algo emblemático pode funcionar como pavio acesso e inflamar a população. Uma vez começado um onda de protesto, vai ser dificil contê-la. A coisa não está pior por que tem olheiros (soldados à paisana) por todo lado, e a população tem medo de ser presa.

Se a maionese começar a desandar, os irmãos Fidel, Raul e Chávez da Venezuela, afinarão o discurso dizendo que é obra do “imperialismo ianque”. Não aceitarão críticas indicando que o problema é de má administração, estreitismo político, bancado por um saudosismo ideológico anacrônico.

Raul Castro perdeu o bonde ao parar as medidas que oxigenavam o sistema. Se tivesse sido um pouco mais ousado e menos carrancudo, apelando para o modelo chinês que muitos analistas na época viram como alternativa, hoje talvez estivesse menos encurralado. Agora parece sofrer de falta de visão causado por pressão crescente, falta de alternativa – dentro de seu modo estreito de pensar – e por se permitir apenas mudanças estreitas e inócuas como somente aquelas que preservam a revolução.

Raul deveria fazer como seu irmão, vestir o pijama e pedir licença. Deixar a população escolher seu futuro governante com suas propostas. Se em cinquenta anos de doutrinação a população não s'encantou com os valores da revolução, não será agora que o farão. Quando botaram o ditador Fulgêncio Batista pra correr, não se elogiou tanto o povo pela sua sabedoria e seu heroismo? Então, entregue o poder nas mãos desse povo. Não se trata de ser contra ou a favor do socialismo cubano, trata-se de reconhecer que a fruta apodreceu e está cai não cai.

Corre o risco de não se comemorar o 51º ano da revolução.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Obama libera o peru na Casa Branca.

Foto:Terra/AP
Olhaí. O presidente Barak Obama acaba de conceder os primeiros indultos de natal. Com cerimônia descontraída na Casa Branca, o mandatário liberou do sacrifício dois perus, que têm até nome: Courage, que em português significa coragem, e Caroline. O animal escolhido que aparece na imagem divulgada tem uma pinta de elite da raça, com um ar meio de soberba.


Em solenidade tão descontraída, Obama tirou fotos sorridente com a mão no peru. Lá, em novembro se comemora o “dia de ação de graças” ou “Thanksgivin day”. Uma data que vem do período de colonização no século XVII, em que após um inverno rigoroso, acabaram tendo um boa colheita. Daí a comemoração ser um agradecimento a deus pelos bons acontecimentos ocorridos no ano.

Apesar de o casal indultado virar celebridade, posar com o presidente e assessoria, talvez dar entrevista para a CNN, os Jô's de lá, e outras grandes empresas de comunicação, é o período do “holocausto”de perus, sendo a ave, o principal prato da mesa americana nessa data. Esse pessoal todo tão cheio de “humanismo” ou quem sabe, “peruísmo”, após a cerimonia vai para casa devorar seu peru entre a família e amigos.

Aqui no Brasil, virou costume comer peru no natal, só não temos esse ritual de gosto duvidoso de alguma autoridade ficar fazendo cena com um animal criado para ser abatido. Aqui o negócio é encher o bucho de comida e cachaça a noite inteira, e depois roncar que nem um porco caido pela casa.

Que tal, depois de copiar os americanos com aquela festinha idiota do relouím, a gente começar a comemorar o dia de soltar o peru?

Cacofonia ou cacófato

S'eu falar “amo ela” vão olhar pra mim como se estivesse falando um palavrão. Não pode. Quando duas – ou mais – palavras pronunciadas, acabam soando desagradável, tornando-se pejorativa, essa construção deve ser evitada. Essa junção infeliz de sonoridade sofrível, é chamada de “cacofonia”, ou “cacófato”. Poderíamos também denominar,“ecafonia”,ou dependendo da escorregada, pode-se dizer que a pessoa falou uma “cocofonia”.


Da mesma maneira, “por cada”, “uma mão”, ou “boca dela”, são expressões que deveriam ser deixadas de lado. Mas considerando o adágio: “a beleza está nos olhos de quem vê”, aqui no caso, de quem “ouve”, a cacofonia é até relativa. O certo seria dizer “dê- me”, e não “me dá”, como é o usual. Neste caso o certo – segundo os “donos” da língua – acaba sendo o que pra boa parte da população é esquisito, pedante, parecendo coisa de gente esnobe, e o errado, é o certo, para quem faz uso do idioma no dia-a-dia, sem regras nem formalidades. O exemplo acima não é uma cacofonia, apenas um deslize sobre as regras, utilzei-o para ilustrar a sonoridade, que, dependendo do meio em que a pessoa viva, há uma “inversão estética sonora” – se é que m'entende. “Si pã nóis pum, cê tá?!”

Não sei se é folclore, mas dizem que a apresentadora Luciana Gimenes teria dito algo como: “Mãe, queria agradecer por você ter me tido.” E aí desceram a lenha nela.

E o “ no cume entra”, “no cume sai”, “fé demais”, ou a frase, “fulano chegou a pouco de fora”, ou “tem culpa ele?”...

Sempre ouço comentaristas econômicos falarem em “boom da economia”. E agora que o país está crescendo, saiu da crise, é um tal de “boom da economia” pra cá, “boom da economia pra lá”, é “boom da economia” pra todo lado. Se se flexionasse o substantivo “economia” mudando para “econômico”, não eliminaria a tal cacofonia sem alterar o significado, “boom econômico”? Não seria uma coisa relativamente fácil?

Por que essa bruta cacofonia é utilizada sem culpa e perdoada? É aquela velha história, usar estrangeirismo é chique.

Quanto mais se pensa a respeito, mais exemplos vêm à cabeça. A língua portuguesa parece privilegiada nesse quesito. Além dos percebidos, deve haver mais um monte deles sendo pronunciados por aí.

É uma constatação: o cacófato abunda.

sábado, 21 de novembro de 2009

Só resta à Fifa assumir as consequências.


Thierry Henry

Fez o que muitos fariam, assumiu como poucos assumiriam.

O mundo caiu de pau em cima da Fifa pela maneira com que a França se classificou e a Irlanda foi desclassificada. Por uma jogada do jogador francês que estava mais para volei que futebol, uma ajeitada de mão que o mundo todo viu devido à tecnologia e deixou numa situação delicada não só a arbitragem como a própria Fifa.


Perto de uma semana atrás, em uma partida do campeonato brasileiro, o árbitro anulou um gol legítimo causando uma enorme polêmica, que teve como desfecho, seu afastamento dos campos até o fim do campeonato.

Hoje existe tecnologia que não acaba mais, que elucida qualquer lance de maneira clara e objetiva, na hora. Quem assiste uma partida do ludopédico pela tv, vê as emissoras se utilizando de recursos virtuais que dissecam todo lance, esquadrinhando o campo, congelando a imagem, fazendo um giro do lance mostrando-o por outro ângulo, medindo distâncias, velocidade da bola, etc, tudo simultâneo. Mais rápido que pastelaria.

Se a entidade suprema do futebol represa a tecnologia não servindo o esporte de recursos que outras modalidades têm, é preciso assumir as consequências. A maior delas é o risco de os árbitros e a própria Fifa caírem no descrédito, ou até terem posto sob suspeita sua integridade moral.O mundo todo viu o que só o juíz – acho – não viu.

Esse francês vai ter que fazer muito para não ficar estigmatizado, pode passar a eternidade arrastando essa cruz, servindo de referência para desonestidades, atos antiesportivos, e por aí afora.

O futebol hoje é seguramente o esporte mais popular do planeta, e seu auge, a Copa do Mundo. Enquanto a informação corre o mundo na velocidade da luz, a arbitragem parou na época do cinema mudo, talvez a mesma idade de seus dirigentes internacionais. A arbitragem está na era em que havia dinossauros e João Havelange usava calças curta.

Nada mais em campo parou no tempo. Os jogadores são atletas profissionais que têm empresários. Os clubes, não são mais como eram antigamente, são empresas que fazem contratos milionários, têm centros de treinamento modernos, etc. Os jogadores, além do técnico, são assistidos por médicos, psicólogos, têm toda uma equipe técnica por trás. Existem “direito de imagem”, “direito de patrocínio”, rola muito dinheiro. Mas o apito é o mesmo do começo do século passado.

A argumentação de que nem todos os clubes podem dispor dessa tecnologia é nivelar o futebol mundial pela várzea. É só uma questão de estipular como deve ser em cada nível. A tecnologia de uma partida da série “A” será logicamente diferente de uma partida da série “B”, “C”, ou “D”, da mesma maneira que será diferente para uma Copa do Mundo. É uma questão de (falta de) vontade.

Essa falta de recursos tecnológicos para elucidar os lances polêmicos não é visto como uma coisa romântica, de dar mais emoção às partidas, como argumentam alguns, mas demonstra um incompreensível atraso. Enquanto isso não muda, são os árbitros que sofrem as consequências.



Em tempo: Pode-se dizer sobre a França que foram DOIS escândalos. O primeiro, pela classificação por um ato ilícito, desleal, da ajeitada da bola com a mão, e o segundo, pelo fato de uma seleção de peso como a francesa se classificar na repescagem. Quem diria.




Dia Internacional Em Que Não Se Comemora Nada.


Tô azedo!


Abro o Terra e de cara aparece uma referência sobre o “ Dia Mundial do Banheiro”(grifo meu). Não só me faz pensar sobre a data , como a citação feita pelo meio. Uma informação tão nada, e o veículo de informação a colocou em lugar de destaque. Na foto, aparece uma estátua de costas com uma calça arriada até a altura do joelho, conforme descreve a legenda em seu rodapé, identificando a estátua suiça como sendo de Freddy Mercury.



Poderia ter também o “Dia Internacional da Coversa Fiada”, “Dia da Melancia no Pescoço”, “Dia Interplanetário da Informação Que Não Serve Pra Nada”, esta aliás, urge, por que o que tem de informação inútil rodando por aí, e com o twitter, aí é que o sindicato dos “nada pra dizer” ganhou zilhões de adeptos que ficam despejando bizilhões de informações vazias. A continuar assim, os provedores precisarão se reunir e implementar uma “Companhia de Saneamento Básico Virtual”, para tratamento de cyber esgoto.

Voltando à data citada, por que, dia “Internacional”? Quem, que instância decidiu isso? Os dias internacionais comemorados, da “mulher”, da “criança”, do “trabalho” (ou do trabalhador), são escolhidos geralmente por algum órgão da ONU, e até entende-se seu objetivo, mas e o “Dia Internacional do Banheiro”, que (quais) instância(s) neste planeta decidiu(decidiram)? Qual sua representatividade? Ou será que o parlamento da “Ostrobóvia” pode sair por aí criando datas comemorativas que vão além de seu território?

Vivemos na era da informação, é verdade, mas da informação ociosa, mesquinha, grande em sua pequenez. De todas as arrobas de informação que serelepe trafegam pela rede, se tirassem a “gordura”, iria sobrar muito espaço e a cabeça de muita gente iria sair do nível crítico, próxima do estresse.

Para os que gostam de informação ociosa, de acalorada conversa à toa, sobre assunto irrelevante, dedico este meu texto. É pra vocês.



terça-feira, 17 de novembro de 2009

Pelada do milhão

A seleção brasileira foi jogar lá em Omã e embolsar 4 milhões de dólares. É inacreditável. Desconfio que um antigo adágio que dizia “dinheiro não dá em árvore”, tenha sido superado.


E o pior, se fossem contemplados com uma grande partida de futebol, mas é um joginho feio de segunda divisão, um futebolzinho tísico, raquítico, duro de assistir, que acho que aquele povo “das arábias” estão com os bolsos cheios e não têm nada com que se divertir, então pagam o que pra nós seria caro, vendo um rola-bola tão sem graça.

É a pelada milionária.

Menos corrupção aonde?

O Brasil melhora cinco posições no índice de percepção de corrupção, em relatório divulgado pela ONG Transparência Internacional. O país passou da 80ª posição, para 75ª.


Uma notícia dessas no semestre em que o Congresso deitou e rolou, e os meios de comunicação quase que diariamente divulgaram escândalos de toda ordem.

Acho que rolou um por fora.

No princípio era o verbo...

Antes d'eu fugir do mobral, aprendi na escola que verbo era aquilo que indicava ação.


Depois os teóricos que analisam tudo com lupa, resolveram que o conceito estava errado, fora de foco, que não explicava como deveria e tal, e daí resolveram reexplicá-lo. Um milhão de descrições apareceram.

Tô eu aqui fuçando na internet e coçando minhas pulgas, quando vejo numa página que “verbo é a classe de palavras que possui a maior quantidade de flexões: tempo, modo pessoa e número.” Que raio de explicação é essa?

Acompanhando o raciocínio, vamos explicar o que é carro: é um objeto que possui um grande número de peças: pneu, lataria,banco, vidro... Tá explicado o que é carro? Passou longe, né?!

Quando vejo essas coisas, lembro do conceito de cultura, que acabou virando um monstro que ninguém se atreve a pôr a mão. Cultura é tudo e não é nada. Antropólogos, etnógrafos, macumbeiros, culturólogos, historiadores(culturais), pipoqueiros... tantos tentaram esgotar o conceito e como todas as tentativas foram rejeitadas, acabou virando uma assombração. Sempre falta um dedinho, uma vírgula, tem alguma coisa a mais que não cabe a essa ou àquela civilização.

Tem gente com medo de escrever sobre o tema, porque tem que, mais ou menos dizer de qual conceito mais se aproxima, e daí precisa estudar milhões de textos de teoria e 'contra-teoria' a respeito, pra no final acabar com uma interrogação sem tamanho embaixo da peruca. Outros, apesar de tratar de temas relacionados, assumem que não vão se embrenhar nessa mata espessa.

Se os “grandes” e “tarimbados” não conseguem tirar o conceito do lodaçal, o que dirá um acadêmico “dente-de-leite”.

Essas coisas, por mais exdrúxulas que possam parecer fazem parte do universo acadêmico, de querer aprimorar o conhecimento, o problema é que pode acabar dando nesse 'terrorismo conceitual' que critica tudo e todos, rotula os que tomam posição, e o mais fácil é apontar pontos fracos, o difícil – as vezes impossível – é esgotar alguma coisa num conceito. E outra coisa é a salada de explicações que acaba aparecendo.

Aquele conceito de verbo qu'eu aprendi lá no paleolítico, ainda me lembro, e é o suficiente pra entender do que se trata, já todos esses conceitos novinhos, tão precisos, tão atuais, acabam sendo tantos, que reconheço: não sei mais o que é verbo.

O que é verbo?

Dinheiro tem

Madonna deu uma voltinha e em aproximadamente um dia levantou 10 milhões de reais para causas sociais. O volume e o tempo gasto é de se tirar o chapeu, mas ela é ela. E a gente é paga-pau de gringo. Se ela ficasse uma semana arrumaria grana pra pagar a dívida interna, a externa, e ainda sobraria uns cobres pra 'tomar um café'.


A material girl in the material world é vista como um grande painel, e vincular o nome de um produto, uma marca à loira, é visto como bom negócio. Acredito que Madonna deva ter oferecido – ou deve ter aceitado – como contrapartida à contribuição, algum tipo de divulgação promocional.

O irônico é que foi organizado um jantar no Rio, na casa de Eike Batista, o novo magnata do petróleo, e Jesus Luz, o amante da loira não apareceu, e o jantar acabou interrompido pelo apagão. É, quem não está com Jesus está nas trevas.

Margem de lucro.

A revista Caros Amigos de outubro trouxe uma informação interessante. Segundo dados divulgados pela Petrobras, seu custo de extração de petróleo por barril sai a US$ 9,6(cotação de setembro do ano passado). Menos de dez dólares é o custo da empresa para tirar um barril de petróleo, que hoje é vendido por aproximadamente a quase US$ 80,00 – e subindo. Nessa conta não entra o pré-sal, que são outros quinhentos.

sábado, 14 de novembro de 2009

Futebol por osmose.

Não acompanho os jogos do campeonato brasileiro de futebol, mas nem preciso. Estou aqui em casa lendo, escrevendo e de vez em quando a vizinhança que fica num barzinho aqui próximo explode em “urros”. Quando o barulho é muito forte, a comemoração eloquente, estico o braço e ligo o rádio que está ao meu alcance e logo vem o comentário: “Gol do time tal...”


Desligo o aparelho e volto a atenção – enquanto deixam – ao que estava fazendo.

Obras grandes, grandes acidentes

O governador do Estado de São Paulo, o candidato à presidência, José Serra, demonstrou que a campanha rumo ao planalto central será acirrada. Mal o governo federal da candidata Dilma Rousseff, implementou o apagão, que azucrinou o país inteiro e foi motivo de muita discussão, na mesma semana, o governo estadual derrubou o Rodoanel sobre a rodovia Régis Bittencourt, que por sorte não matou ninguém.


Serra quer se tornar conhecido com o lema: “Grandes obras merecem grandes acidentes.” Sua primeira obra de vulto foi a famosa linha do Metrô que afundou, causando interdição em diversos imóveis da região além de ter “sugado” uma Vam com 11 pessoas que não sobreviveram. Lamentável.

Agora três vigas acentadas sobre uma rodovia cederam e cairam sobre ela, em cima de veículos que por azar estavam bem alí, naquele momento. Duas pessoas continuam internadas.

O governo federal – no caso do apagão – botou seu escrete da desculpa esfarrapada para funcionar, vamos ver qual vai ser o procedimento do governo estadual. Não sei se estas obras têm repercussão nacional, acho que não, mas seus acidentes, com certeza.

Serra conseguiu um tento, fez com que a mídia desviasse sua atenção do problema federal de interrupção de energia e sua(s) fragilidade(s), para sua chuva de vigas.

Quando houve o afundamento nas obras do Metrô, tivemos que aguentar Maluf pondo as mangas para fora, todo cheio de querer ser, dizendo que ele havia constuído o planeta e todas suas obras estavam funcionando perfeitamente, ignorando todas as acusações que sofre na justiça por superfaturamento, desvio de verbas, remessa ilegal de dinheiro ao exterior e contas ilegais. Com a queda das vigas do Rodoanel, não deve demorar muito e o sr. “rouba mas faz” deverá aparecer pra contar vantagem.

Nosso ouvido é penico.

Aposentadoria:coitado de quem passa por isso.

Vejo as denúncias dos aposentados nos meios de comunicação que ainda abrem espaço e confesso que fico comovido com a situação deles. “A tendência é que daqui a algum tempo todos [aposentados] passem a ganhar o salário mínimo”, senador Paulo Paim, revista “Caros Amigos”de outubro. Parece mentira mas é a realidade.


O governo so dá a reposição integral para os que ganham salário mínimo, os demais ficam com a pecha de “marajás”, como se estivessem ganhando mundos e fundos. Contribuíram sobre vários salários, e vêem seus rendimentos sangrarem até serem reduzidos ao mísero pé da renda nacional.

Nesse ponto, a imprensa em bloco faz coro com o governo, colocando a coisa como “aumento de despesa”, inchamento de gastos públicos, tipo de gasto que o governo deve ser o mais parcimonioso possível. Os comentaristas fazem terror que a cada real “dado” de “aumento” a esses párias, significará um impacto de bilhões nas contas do governo. Mas qual foi o impacto de arrecadação do governo quando recolheu desses trabalhadores uma alíquota referente a mais de um salário.

Segundo a revista, há um mecanismo, uma manóbra contábil, em que o governo pode desviar até 20% do orçamento para pagamento de benefícios previdenciários, para outros tipos de despesas. “O pagamento de juros é um dos itens para os quais os recursos da previdência têm sido direcionados.” (...) “O governo Lula chegou a cogitar dobrar seu percentual” Depois o governo e a imprensa em coro alegam “aumento da expectativa de vida”, para justificar o rombo na previdência.

Cuidado você que está lendo estas linhas e contribui com os cofres do governo esperando receber quando se aposentar, alguns salários. Você verá seu rendimento sangrar, se desvalorizar, e ainda será acusado pela mídia de responsável pelas altas despesas do governo, os rombos, os descalabros econômicos por que o país passa. Você será o culpado. E fazendo cena sobre quem ganha salário mínimo, será tratado como um herói, e por isso merecerá a reposição das perdas integral.

Ainda não estou neste barco, mas é uma coisa que me preocupa. Quando dá dor de barriga nas contas de uma empresa, uma multinacional, um banco, o governo sempre tem grana pra enfiar no rabo deles. Já para os aposentados...

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Apagão de credibilidade

O apagão trouxe desconfiança sobre a gestão do governo no sistema de energia elétrica e de suas desculpas. O governo – o ministro das Minas, Energia e Desculpas, Edson Lobão – alegou como “mau tempo” a causa do apagão, sendo desmentido na lata pelo INPE(Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Por outro lado, se a rede de transmissão não aguenta tempo ruim, estamos literalmente “na roça”, refém de velas, por que tempestade é o que não falta. Praticamente todo mês em algum lugar do país, é enchente, ventos fortes, raios, ou “descargas atmosféricas” como preferem os técnicos, vendavais e o capeta solto.


Mas o que ficou feio foi o ministro alegar ser o “mau tempo” o motivo do apagão, por ter ouvido em reportagens. E cadê os técnicos do governo? Onde estão todos aqueles engenheiros, todos aqueles equipamentos, aqueles painéis cheios de luzinhas piscantes que encantam a todos em propagandas de campanhas eleitorais? Na hora em que o pau come, a autoridade precisa perguntar para um jornalista o que aconteceu? Precisa esperar os jornais sairem no dia seguinte com informações para ele ter noção do que acontece na área em que ele “manda”?

O INPE divulgou uma nota em sua página na internet em quer alega que “embora houvesse uma tempestade na região próxima a Itaberá, com atividade de raios, no horário do apagão, as descargas mais próximas do sistema elétrico estavam a aproximadamente 30 km da subestação e cerca de 10 km distantes de uma das quatro linhas de Furnas de 750 Kv e a 2 km de uma das outras linhas de 600 kv, que saem de Itaipu em direção à São Paulo.”

A nota termina dizendo que “a baixa intensidade da descarga registrada não seria capaz de produzir um desligamento da linha, mesmo que incidisse diretamente sobre ela...”


O ministro evidencia que só presta mesmo para botar seu partido (PMDB) para fazer pressão no governo por verbas e cargos, mas que não entende patavina de nada do que faz, pondo uma nação inteira nas suas mãos irresponsáveis. É o apagão de credibilidade.

Posseiro de Honduras


Dentro em breve, Zelaya poderá requerer a propriedade da embaixada brasileira por 'usucapião'.

domingo, 8 de novembro de 2009

Sexualida acadêmica

No mês passado, uma aluna de uma universidade paulista passou pelo constrangimento de passar pelo que a imprensa chegou a chamar de “assédio em massa”.


Apesar de hoje em dia as universidades estarem prontas para uma atitude conservadora, não foi bem isso o que aconteceu – no meu entender.

Não foi uma atitude conservadora, moralista, porque não foi um protesto, pelo menos por parte da maioria. Apesar de ter sido xingada, foi por uma minoria.

O que algumas mulheres precisam aceitar e considerar, é que o corpo da mulher chama a atenção dos homens. Parece óbvio, mas é negligenciado por algumas calorentas, e quando mais os trajes são apelativos, maior é a instigação masculina. Se acrescentar a isso uma situação em que há um enorme contingente de adolescentes que estão no paroxismo da testosterona, isso pode virar uma bomba.

Já presenciei em shopping, uma menina que numa micro-saia chamava a atenção ao subir pela escada rolante, com cara de que estava adorando ser o centro das atenções e das manifestações. Ela sabia o que estava fazendo. Como é um ambiente de menor concentração e de contingente variado – mulheres, adultos, idosos, etc – alguns estavam babando, mexendo, fazendo comentários, a menina gostando, rindo com sua amiga como se não fosse com elas, mas ninguém “passou o sinal”. Não sei se uma menina dessas liga para a fama que pode vir a ter na escola, na vizinhança, e inclusive entre suas próprias amigas.

Se uma mulher quer ir à faculdade com um vestido, uma saia curtíssima, não é questão de ser moralista, mas é maior a chance dela ouvir impropriedades. Quanto mais insinuantes os trajes, mais insinuantes os olhares, os comentários, e menor o respeito. Da mesma maneira, as pessoas que se aproximam de uma mulher que está com o corpo à mostra, é nisso que estão mais interessados. Por outro lado, a molecada adora uma “zoeira”. “Vô só pá zuá!”

Quanto aos moleques, além de serem meio imaturos, estão com sua sexualidade em ponto de bala. Dependendo da idade, masturbam-se mais de uma vez ao dia e só pensam “naquilo”. Aparece uma mulher semi-nua à frente, ficam subindo pelas paredes.

Deixando bem claro, se os meninos têm o direito de ter uma fase em que sua sexualidade está saindo pelos poros, as meninas também o têm, o problema são as consequências.

A universidade como espaço de liberação sexual e de costumes, de politização, já passou. As vezes dá uma recaída aqui e acolá, rola um protesto, umas palavras de ordem, nada tão expressivo. Principalmente universidades particulares que são shoppings de diploma, um ambiente estéril para movimentos e manifestações libertárias ou de contestações.

Se pelos jovens acadêmicos o Brasil cresceu e conspirou contra a ordem, absorveu o que havia de mais novo e irreverente na Europa transformando as novas ideias em inconfidência mineira, o sentimento de independência, o movimento abolicionista, e outros mais, hoje esses estabelecimentos propagam o individualismo, o visual yuppie, e o consumismo.

O caso não foi desencadeado por uma atitude conservadora coletiva, mas por um contingente sexuado e alienado.



Já havia concluido o texto quando li no Terra que a menina foi expulsa da instituição por “gestos e atitudes inadequados”, apesar de a direção da faculdade não saber explicar quais foram eles. Segundo nota da Uniban publicado no jornal O Estadão, de domingo, 08 de novembro, “A atitude provocativa da aluna buscou chamar a atenção para sí.”

A atitude conservadora e moralista, partiu da direção da universidade,

Coincidência

Tem coisas que parecem ligadas a um determinismo que faz acreditar que têm vida, ou que são guiadas por alguém – bem sacana, diga-se de passagem.


Um mero parafusinho, com todos aqueles ângulos, é impensável conseguir dar uma direção determinada ao jogá-los no chão ou em qualquer outro lugar, mas parece que tem vida própria ao,na grande maioria das vezes em que cai no chão, acabar indo direto para o lugar mais difícil de achá-lo. Muito raro parar em lugar de fácil visão, no geral corre para baixo do móvel mais difícil de procurar.

Na hora do almoço, uma bela macarronada, a gente encosta o prato na assadeira para evitar sujar a toalha, mas, um fiapo malabarista consegue se desgarrar e bem na hora passa pelo último vão da última fresta e vai direto para a toalha. Tente alguém ter uma pontaria dessas. Nem Guilherme Tell em dia inspirado. Porém, como tendo vida e sendo mandado pelos infernos, o macarrão abusado só sossega quando atinge seu alvo: a toalha.

Andando por aí, seja do chão, seja do céu, uma gotícula aparentemente de água, desafiando todas as estatísticas, faz um percurso enorme e atinge justo a lente dos óculos de uma pessoa em movimento. Uma coisa impossível de se conseguir por mais que se planeje. Mas acontece.

Tem coisas que ficam dificil acreditar que são mera obra do acaso.

Refinaria em Pernambuco da Petrobras e PDVSA.

Saiu um informe na página da Petrobras, com repercussão por toda imprensa de que a empresa e a PDVSA venezuelana fecharam acordo para construir a refinariaAbreu e Lima de óleo pesado em Pernambuco.


Praticamente todo o petróleo extraído pela Petrobras até o pré-sal, é esse óleo pesado. É um petróleo com menor capacidade de gerar combustível e, pode-se dizer, que algumas refinarias brasileiras não estão “calibradas” para o refino deste óleo. Por isso, o país importa e exporta petróleo. Vende um óleo pesado, de menor qualidade e mais barato, e compra um óleo mais leve, de melhor qualidade e logicamente mais caro. Há um outro projeto, o do “Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, a COMPERJ, em Itaboraí, que deverá produzir resinas termoplásticas e combustíveis, também tocada com óleo pesado.

Essa refinaria em associação com a Venezuela, vem ajudar transformar o petróleo nacional e venezuelano (em partes iguais) em principalmente “óleo diesel com baixo teor de enxofre”, conforme o blog Petrobras Fatos e Dados.

Disse que lá em cima, “o petróleo extraído até o pré-sal”, porque o que foi descoberto abaixo da camada de sal, recentemente, é um óleo mais leve, comparável ao tipo brent, negociado na bolsa de Londres. Há uma graduação para o petróleo que vai até 50, o mais leve. O tipo brent tem graduação 30, enquanto o do pré-sal está por volta de 28,5, enquanto que o óleo das jazidas mais antigas,as vezes não passam de 20.

O problema é que extrair petróleo do pré-sal requer muito dinheiro e investimento, e leva tempo para dar retorno. A Petrobras que é especialista em exploração em águas profundas e ultra-profundas precisa de muita engenharia para puxar esse óleo para cima, pois as plataformas são muito mais caras.

Calcula-se que aproximadamente em dez anos o país começará a se valer desse recurso do pré-sal, até lá, é se virar com o que temos.

PDT de direita

Ouço no rádio uma propaganda política do PDT e continua minha eterna incompreesão: como um partido pode ter uma personalidade tão diferente em dois estados tão próximos?


O PDT, que teve como sua figura principal, o sr Leonel Brizola, e uma personalidade trabalhista, meio esquerdista no Rio de Janeiro, sempre foi um partido de direita em São Paulo.

Durante muitos anos, sua principal figura em São Paulo, foi o sr. Francisco Rossi, um malufista enrustido. Direitista igual, porém sem nenhum envolvimento em falcatruas como Paulo Maluco,(chegando Rossi a apoiar Maluf no segundo turno de uma antiga eleição) mas conservador e reacionário como os religiosos costumam ser.

Hoje, quem “domina” a área do partido em Piratininga, são os sindicalistas – de resultados – a dupla da Força Sindical, Paulinho e Medeiros, aquele que apoiou Collor em 89.

Paulinho, que sempre foi anti Lula, anti PT, anti CUT, etc, quando apareceu envolvido num escândalo em que sua mulher foi acusada de ter levado uma grana do BNDES e seu nome estava no meio, logo declarou seu apoio à Marta Suplicy, e como a loira estava caindo pelas tabelas, vendeu a alma ao diabo, aceitando o apoio. Como Marta faz parte do mesmo partido do presidente, o caso sumiu, não tendo mais polícia federal, delegado, swat, rambo, 007, correndo atrás de ninguém. Parece que deram um cala-boca em todo mundo. Como diz o ditado popular, uma mão lava a outra.

Não entendo, um partido que demonstra tanta ética no Rio, chegando a romper com o governo por causa de seus descaminhos, em São Paulo é outro partido, tem outra orientação, outros apelos e interesses. Lembra o PMDB que é um balaio de gatos.

domingo, 1 de novembro de 2009

Os índios

Sobre o acidente ocorrido com uma aeronave da FAB, na região amazônica, em que foram achados nove sobrevientes em perfeitas condições, tendo ainda dois tripulantes que não tiveram a mesma sorte, um major brigadeiro teria relatado a importância da ajuda dos índios, os primeiros a achá-los e a prestar auxílio.


Há não muito tempo atrás, nessa mesma região norte do país, um helicóptero teria sobrevoado uma aldeia de índios que não teriam tido contato ainda com a civilização, e teriam hostilizado a aeronave dando flexadas, mandando insultos e tal. E se esse avião caísse próximo a uma tribo dessas?

Voltando “um pouquinho” no tempo, Américo Vespúcio, em 1501, a serviço da corte portuguesa, navegando pelo litoral brasileiro, teria tido seu primeiro contato com os índios. Dois marinheiros que haviam descido da embarcação para explorar a região, não teriam voltado. Um terceiro, depois de se afastar da praia com algumas índias, apareceu morto, sendo carregado por uma delas. Dos navios, os europeus teriam tentado espantá-las, disparando tiros dcontra elas, mas elas se revoltaram, assaram e comeram o morto, para espanto e pavor dos navegantes.

Francisco Chaves, um português a que foi confiado oitenta homens para s'embrenhar pelo sertão brasileiro a procura de ouro e outras riquezas, nunca mais retornaria, acreditando-se terem sido provavelmente trucidados pelos índios carijós.

Em 1556, o bispo D. Pêro Fernandes Sardinha, foi chamado à corte, sua embarcação naufragou na altura do litoral alagoano. Os sobreviventes, entre eles o próprio bispo, foram devorados pelos nativos.

Se os índios hoje são tidos como “aculturados”, termo criticado pela antropologia, parecem ter abandonado sua culinária antropofágica. E os “brancos” que parece serem coitados, foram implacáveis em exterminar milhões de indígenas.

'Relouim' o escambau!

        
 Só ponho bebop no meu samba
                         Quando Tio Sam pegar no tamborim
                                                                   Gordurinha

Chegou a datazinha em que povo colonizado adora. Como já disse antes, tem povos que se tornaram escravos por imposição. Foram derrotados em batalhas e se tornaram servos. Apesar de inconformados com sua situação, é a condição que lhes resta. Já outros povos acabam se tornando servo por voluntarismo.

Apresentam-se ao seu colonizador como um cachorrinho abanando o rabo na maior felicidade, e o melhor exemplo dessa deprimente situação são os brasileiros, que tão cordeirinhos ficam comemorando esse tal de relouim. Adoram tudo o que faz parte da cultura e costume americano.

Não tem norte americano que anda por aí vestindo camisa com a bandeira brasileira, mas não faltam brasileiros que botam a bandeira americana em tudo. Além de camisetas, pintam carros, motos, muros, o fiofó, fazem tatuagem e tudo que se possa imaginar com a bandeira americana. Que pobreza, que miséria.

Há algumas décadas atrás, quando Lula corria o risco de se tornar presidente, faziam uma espécie de terrorismo dizendo que se o PT chegasse ao poder, iriam pintar a bandeira brasileira de vermelho. Hoje, pelo jeito tem muita gente – com muitas escolas atreladas – querendo trocar a bandeira brasileira pela americana.

Não vou fazer o discurso de que deveríamos “comemorar o saci” por ser nacional porque parece uma coisa meio chatinha. Vejo essas coisas, como o folclore, meio ultrapassadas. As aulas sobre folclore sempre foram uma coisa insossa, mas macaquear costumes alienígenas de gosto discutível, tem uma boa distância. Aí não!

Quem sabe algum dia os americanos descubram que os brasileiros podem contribuir com seu relouim. Em vez de utilizar uma abóbora, que é alimento e cada vez mais é politicamente incorreto estragar alimentos, utilizem a cabeça – que é oca – desses colonizados, é só botar a vela dentro. Eles têm cara de bobo mesmo.